O bispo do Porto, este domingo na eucarístia da Bênção das Pastas, destacou ser possível “sonhar e construir um mundo melhor” com os jovens e Portugal deve saber dar-lhes “valor e espaço”.
“É proibido desistir de acreditar e de confiar, convosco é possível sonhar e construir um mundo melhor! O mundo precisa de jovens como vós! O nosso país deve saber dar-vos valor, abrir-vos espaço e contar convosco”, disse D. António Francisco dos Santos durante a celebração, na Avenida dos Aliados.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o prelado sublinhou aos estudantes que o Mundo e a Igreja devem “aprender” com eles “o amor pela vida, o respeito pelas pessoas, o encanto da alegria, o valor da verdade, a preocupação pelo bem comum, o anseio da justiça e o testemunho de fé”.
Segundo o bispo do Porto, a felicidade dos finalistas universitários “depende de muitos”, concretamente de quem estiver atento aos seus valores e é “responsável por abrir as portas do mundo do trabalho, do desenvolvimento e do progresso” de um país que não os pode “ignorar nem dispensar”.
“Mas a vossa felicidade depende sobretudo de vós: da verdade da vossa vida e da seriedade do vosso trabalho”, alertou D. António Francisco dos Santos, acrescentando que este é também o “sonho e o desejo de Deus”.
“Essa é a razão deste Dia de Bênção que para vós imploramos de Deus!”, observou o prelado que apresentou esta celebração como uma etapa “essencial” do percurso que fizeram e da “coragem necessária” para a viagem que vão realizar.
“A Universidade treinou-nos para sermos capazes de decisões, de compromissos, de respostas ao serviço das causas da dignidade humana, da valorização da vida, da consolidação da família, do desenvolvimento científico, do progresso económico, da justiça social e da paz”, desenvolveu.
Entre outros fatores, o bispo do Porto salientou que a universidade foi o “tempo necessário” para os finalistas aprenderem a “assumir as exigências da vida”, a descobrir as energias positivas dos obstáculos, a transformar as “dificuldades em possibilidades e as crises em oportunidades”.
Na homilia publicada no sítio online da diocese, D. António Francisco dos Santos recordou ainda a mensagem do Papa Francisco aos participantes da Exposição Internacional de Milão, para destacar que a Igreja sempre esteve na “vanguarda do serviço solidário” aos mais pobres e da “solicitude permanente” pelos que mais sofrem.
Neste contexto, apresentou ainda a universidade como “escola de sabedoria, de diálogo e de solidariedade no coração do mundo” e revelou que existe um convite a “reinventar a solidariedade” com ousadia e com perseverança.
Na Avenida dos Aliados no Porto, D. António Francisco dos Santos começou por explicar o sentido e importância do Evangelho (Jo 15, 1-8) onde Jesus, numa “linguagem simples e poética”, fala da sua união a Deus e da sua “relação próxima” com quem acredita na sua mensagem.
O prelado revelou que o caminho da Igreja “só pode ser” o de Jesus e declarou que “não é fácil” mas é a missão de cada um e não pode ser apenas um “sonho da Igreja”.
“Uma missão que contagia, que arrisca, que apaixona sobretudo os jovens. Servir é o sinal distintivo dos cristãos. Viver unido a Cristo, como o ramo à videira, exige e implica viver unido aos irmãos”, afirmou.
O bispo do Porto destacou ainda que a “melhor bênção” que os estudantes levaram foi a “certeza de que Deus” os ama e os acompanha.
CB
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